A Árvore da vida

A Árvore da vida
Em suas anotações pessoais, Darwin esboçou uma árvore da vida pela primeira vez em 1837, o que depois representou sua visão acerca da origem comum dos seres vivos.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Blog Pura Evolução - Um produto didático

Olá leitores,

Notório após as inúmeras leituras bibliográficas, análises de alguns livros didáticos, discussões de informações e, principalmente, pela experiência vivida em sala de aula que lecionar não é uma das tarefas mais fáceis quando diz respeito à evolução.

A partir dos inúmeros problemas observados, acredito que todo e qualquer esforço que objetive contribuir diminuindo esses percalços na relação ensino-aprendizagem sobre conteúdos referentes a evolução biológica são absolutamente bem vindos e pensando nesta linha que surgiu a ideia do desenvolvimento deste produto didático.

Portanto, este blog foi construído e idealizado como produto didático e parte integrante da dissertação de mestrado intitulada de "A RECUSA AO ESPÍRITO CIENTÍFICO: RESISTÊNCIAS NO APRENDIZADO DA TEORIA DA EVOLUÇÃO POR FUTUROS PROFESSORES DE CIÊNCIAS”, vinculada ao PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS (PROPEC – NILÓPOLIS/RJ.), desenvolvida por Thiago de Ávila Medeiros, tendo como orientadora a Profa Dra Eline Deccache Maia.

De forma geral, objetiva-se com a utilização deste blog favorecer a formação de educadores e educandos mais reflexivos e críticos em relação às informações, assuntos, notícias etc. acerca da evolução biológica, possibilitando a integração entre os diferentes atores envolvidos na relação ensino-aprendizagem da evolução, contribuindo para a construção do conhecimento de todos os envolvidos.

Anexo aqui o site do programa onde a dissertação em questão foi desenvolvida para maiores informações aos interessados.

Sejam todos bem vindos! 

domingo, 20 de julho de 2014

A teoria evolutiva - Primeiros passos

A teoria evolutiva pode ser considerada como um eixo centralizador e integrador das demais ciências biológicas, podendo fornecer subsídios para uma compreensão mais holística da biodiversidade encontrada e estudada nos dias atuais. Embora boa parte da comunidade científica atribua ao pensamento evolutivo darwinista esse papel unificador, muitos estudantes e professores de ciências apresentam dificuldades e até mesmo rejeição na compreensão dos conceitos evolutivos (ABRANTES & ALMEIDA, 2006).
A Evolução Biológica de DARWIN (1859) consiste em uma ideia bastante popular e intuitiva, e embora seja corroborada enfaticamente a cada nova publicação científica, entre o público geral é ainda pouco aceita como lei natural. É plausível afirmar que todas as pessoas com o mínimo grau de instrução já tenham ouvido falar em Darwin, no entanto, a teoria evolutiva é possivelmente uma das leis naturais menos conhecidas pelo grande público, o que a torna peculiarmente fadada a incompreensões, desentendimentos e à disseminação de conceitos errôneos (FUTUYMA, 2009).
Devido ao caráter multidisciplinar e unificador do conhecimento biológico, ensinar e apreender acerca da Evolução não consiste numa tarefa fácil. Inúmeros são as barreiras e problemas encontrados na relação ensino aprendizagem desta temática, logo, todo e qualquer subsídios referentes a Biologia Evolutiva são sempre bem vindos.
Foi pensando nisso que surge a ideia deste blog. E aqui encontraremos um interessante espaço de interlocução entre os atores interessados ao tema. Como postagem inicial e de apresentação, deixo um vídeo interessante que resume muito bem como esse processo funciona, ou seja, como funciona a EVOLUÇÃO.
Bons estudos,
Bibliografia utilizada:
ABRANTES, P. & ALMEIDA, F.P.L. Criacionismo e darwinismo confrontam-se nos tribunais: da razão e do direito. Episteme, vol.11(24), pp.357-402, 2006.
FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. 3. Ed. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2009.

sábado, 19 de julho de 2014

Plano básico de disciplina

Objetivando levar o aluno a compreender as teorias evolutivas, evidências e mecanismos evolutivos, bem como da origem da vida e a diversidade dos seres vivos, apresento aqui um plano básico de uma disciplina que atende os objetivos relatados acima.
Divulgo uma ementa que contempla os principais eixos temáticos de disciplinas referentes à Biologia Evolutiva nos cursos de Ciências Biológicas, bom como uma possibilidade de organização de conteúdos de acordo com a distribuição das aulas.
O curso idealizado e aqui apresentado como modelo, foi elaborado para carga horária básica de 60h/aula, devendo sempre ser ajustado de acordo com a realidade disciplinar do professor interessado. Sintam-se a vontade em comentar, avaliar e dialogar com os documentos. Vamos juntos construir uma disciplina eficiente no que se refere ao ensino evolutivo.
Abaixo divulgo uma lista bibliográfica básica para os interessados. Bons estudos,
Bibliografia:
FUTUYMA, D. 2009. Biologia Evolutiva. FUNPEC Editora, São Paulo, 3ªª ed., 830p.
BRANCO, S.M. 2004. Evolução das Espécies: Pensamento Científico, Religioso e Filosófico. Moderna , 2ª ed., 96p.
BURNIE, D. 2008.  Evoluçao. Coleção Mais Ciência. Publifolha Editora, 72p.
RIDLEY, M. 2006. Evolução. Artmed, Porto Alegre, 3ª ed., 752p.

Plano básico de Disciplina - Biologia Evolutiva

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Distribuição Letiva

Distribuição Letiva
Aqui encontraremos uma possibilidade de distribuição dos conteúdos referentes à Biologia Evolutiva. Os conteúdos centrais inseridos na construção de um modelo de disciplina foram: HISTÓRICO DA TEORIA EVOLUTIVA, INTRODUÇÃO À OBRA DE DARWIN E A TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO; APRESENTAÇÃO DOS TRATADOS SOBRE A ORIGEM DA VIDA; AS EVIDÊNCIAS DA EVOLUÇÃO; OS MECANISMOS GERADORES DE DIVERSIDADE (MUTAÇÃO, RECOMBINAÇÃO E A VARIABILIDADE GENÉTICA); MECANISMOS EVOLUTIVOS (SELEÇÃO NATURAL E DERIVA GÊNICA); MECANISMOS EVOLUTIVOS (MIGRAÇÃO E FLUXO GÊNICO); HISTÓRIA DA DIVERSIDADE BIOLÓGICA (CONCEITOS DE ESPÉCIE E O PROCESSO DA ESPECIAÇÃO); O PROCESSO EVOLUTIVO E AS INTERAÇÕES ENTRE ESPÉCIES (ADAPTAÇÃO, MIMETISMO, COEVOLUÇÃO E PARASITISMO); SISTEMÁTICA: CLASSIFICAÇÃO, INTRODUÇÃO À TAXONOMIA E À FILOGENIA e EVOLUÇÃO DOS METAZOÁRIOS E A EVOLUÇÃO HUMANA.
A sugestão do número de aulas referentes a cada eixo temático seguiu de acordo com um cronograma de 60h/aula, entretanto, ratifico o caráter sugestivo, estando completamente em aberto possíveis adaptações.
A ideia deste espaço é de compartilhar experiências, ideias e sugestões. A referida postagem seguirá rotineiramente anexando modelos de planos de aula para cada conteúdo sugerido.
Apresento abaixo três links interessantes para uma boa preparação curricular. Dois deles são referentes aos Parâmetros Nacionais Curriculares e o outro disserta acerca das disciplinas no ensino superior em Ciências Biológicas como requisitos mínimos para a formação de um biólogo.

Vamos lá e mãos a obra!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Para começo de conversa, vamos às evidências.

“As coisas são semelhantes por isso a ciência é possível. As coisas são diferentes e por isso a ciência é necessária.” Richard Lewontin, 1983.
A evolução é um processo unificador que nos liga por ancestralidade a todos os seres vivos do planeta. A evolução em ciências biológicas significa simplesmente mudança nos genes ou na proporção desses em uma população ao longo das gerações, ou seja, significa basicamente Modificação. E nesta afirmação percebemos que para a ciência evolutiva não há juízo de valor para melhor, pois o que é bom para um organismo em um determinado tempo pode ser prejudicial em outro.
Basicamente (e esta palavra precisa ser literalmente assim interpretada), os cientistas dividem os processos evolutivos em dois eixos. Os processos microevolutivos e macroevolutivos. Os microevolutivos envolvem mudanças das frequências dos genes na população ao longo do tempo, associados a mecanismos como mutação, seleção natural, deriva gênica e fluxo gênico entre populações.
Em biologia evolutiva, a palavra macroevolução refere-se a qualquer mudança evolutiva em nível de espécie ou acima dela. São as grandes mudanças evolutivas vistas nos eventos de extinção em massa ou eventos catastróficos e rápidos em relação ao tempo geológico.
Logo, o processo evolutivo é a resultante deste conjunto de processos macro e microevolutivos, tendo com base a diferença entre o que muda e o que permanece.
E as evidências da evolução?

Nos dias atuais é impossível se pensar e conceber o estudo das Ciências Biológicas sem uma perspectiva evolutiva. Ao longo dos últimos 150 anos diversas evidências de que os organismos vivos se modificam foram sendo recolhidas pelos cientistas. Abaixo encontraremos um vídeo que resume as evidências dos processos evolutivos produzidos pela ciência ao longo destes anos e nas postagens seguintes falaremos especificamente um pouco mais de importantes evidências do processo evolutivo.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Evidências Evolutivas - O Registro fóssil (Parte 1)

O registro fóssil é uma forte evidencia do processo evolutivo. Ele fornece informações importantes sobre a evolução da vida no planeta. Como, por exemplo, as informações atribuídas à ordem cronológica em que os fósseis se encontram.

 
Figura 1: relação estratigráfica de camadas referentes as suas idades relativas. Fonte: http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2095
 Observa-se que em camadas estratigráficas (geológicas) mais profundas encontramos organismos estruturalmente mais simples fossilizados, e a complexidade estrutural aumenta conforme se investigam as camadas menos profundas.

 
Figura 2: Escala geocronológica e eventos da evolução biológica. Fonte: http://geografiamazucheli.blogspot.com.br/2013_11_11_archive.html
 Soma-se o fato de camadas com idades semelhantes apresentam organismos fósseis semelhantes em diferentes partes do planeta. Se a evolução não existisse, fósseis de todos os tipos deveriam encontrar-se em todas as camadas. E não é o que observamos.
Fósseis de todos os grupos de organismos vivos têm sido encontrados ao redor do mundo mostrando que vários organismos que aqui viveram não estão mais entre nós.

 Figura 3: Imagens de fósseis de diferentes organismos. Fonte: https://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTRDaa1oJzQOQ-q6D_bmq786uvzVAulds52I4D4-7QR_y0dE3Y2bg
Anexo aqui alguns interessantes vídeos que relatam a existência dos fósseis em diferentes partes do planeta, sua importância para o estudo da evolução e mecanismos de datação dos fósseis, ou seja, como os cientistas conseguem mensurar a idade de todas essas evidências e um link que contém interessantes informações (click aqui) sobre a formação e os diferentes tipos de fósseis.
Bons estudos,






terça-feira, 15 de julho de 2014

Evidências Evolutivas - O Registro fóssil (Parte 2)

O registro fóssil fornece outra interessante evidência do processo evolutivo, ou seja, a existência de formas intermediárias entre grupos aparentados.
Mesmo que o processo de fossilização seja relativamente raro e que boa parte das espécies acaba não deixando nenhum registro, temos vários exemplos dessas formas intermediárias, evidenciando o processo de mudança.
Agora pare e pense um pouco:
Se a evolução não tivesse ocorrido, e todas as espécies tivessem surgido há alguns bilhões de anos, extinguindo-se com o tempo, não esperaríamos encontrar formas intermediárias entre fósseis mais antigos e fósseis mais recentes, certo?
 Entretanto não é o que ocorre. Veja a figura abaixo:
Figura: fóssil de Archaeopteris-Fonte: http://kgov.com/files/images/science/archaeopteryxfossil.jpg
(a primeira imagem retrata o organismo fossilizado e depositado no Museu de Berlin e a segunda uma ilustração de como seria este organismo) 
A figura acima é um Archaeopteris, uma forma intermediária entre os dinossauros e as aves atuais. O organismo em questão apresentava penas e asas, características típicas de aves, com mandíbula e cauda, características típicas de réptil.
A seguir, outra interessante figura relata mais um importante exemplo. Fique de olho aberto porque as evidências estão por todos os lados.
Quer saber um pouco mais sobre os organismos e formas intermediárias?! Então veja os textos a seguir e bons estudos!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Evidências Evolutivas - O Registro fóssil (Parte 3)

Através das análises dos registros fósseis (restos e vestígios) foi possível identificar a existência de linhagens completas de formas de vida e estruturas transicionais, ou seja, fósseis ou organismos que apresentam características intermediárias entre uma forma ancestral e a dos seus descendentes são referidas como formas de transição.
Muitos são os exemplos existentes – o que nos fornece consistentes evidências de mudanças nos organismos ao longo do tempo.
Imagem que relata a evolução dos cavalos modernos a partir do Hyracotherium, o fato da evolução é sustentado pelo registro fóssil e pela homologia entre estruturas anatômicas atuais e antigas.

Diagrama padrão mostra claramente fases de transição em que o pé de quatro dedos do Hyracotherium, também conhecido como Eohippus, se torna o casco do Equus. Os fósseis mostram que as formas de transição previstas pela evolução de fato existem.
Fonte:http://www.ib.usp.br/evosite/lines/IAtransitional2.shtml

             Quer saber um pouco mais? Viste os links e textos abaixo. Bons estudos,

             Fósseis transicionais

             Referências:
Dawkins, R. (2001). O Relojoeiro Cego: A Teoria da Evolução contra o Desígnio Divino. Editora               Companhia das Letras, São Paulo-SP.
Mayr, E. (2005). Biologia, Ciência Única.Editora Companhia das Letras, São Paulo-SP.
Ridley, M. (2006). Evolução, 3 ª edição, Editora Artmed, Porto Alegre-RS.

domingo, 13 de julho de 2014

A Filogenia e as evidências evolutivas

Podemos considerar a Filogenia como a história da ancestralidade entre todas as espécies de seres vivos que existentes.
A teoria evolutiva prevê que organismos relacionados irão compartilhar características semelhantes que são derivadas de ancestrais comuns. Tais características similares, devido ao parentesco (herança comum) são conhecidas como homologias.
As homologias podem ser reveladas de inúmeras formas, entretanto, elas costumam ser reveladas com mais frequência comparando: (a) a anatomia dos diferentes organismos, (b) estudando o desenvolvimento embrionário (c) investigando as semelhanças e diferenças celulares, e (d) estruturas vestigiais dentro de organismos individuais.
Vamos ver alguns destes casos?
A - Anatomia Comparada: estudos comparativos da anatomia de grupos de animais ou plantas revelam que certas estruturas são basicamente similares e devem ter tido origem evolutiva comum. Os organismos contêm dentro de seus corpos, abundantes evidências de suas histórias e, definitivamente, a existência desses recursos é melhor explicada pela evolução.
Figura: homologia comparada de membros de mamíferos.
Fonte: shttp://sti.br.inter.net/rafaas/biologia-ar/introducao.htm
 
Figura: As semelhanças nos esqueletos de diferentes espécies de mamíferos (note pelas cores das imagens). Fonte: http://sti.br.inter.net/rafaas/biologia-ar/introducao.htm
B – Embriologia Comparada: O estudo comparado de embriões pode nos mostrar a ancestralidade comum entre os animais. Ele foi organizado pela primeira vez na Teoria da Recapitulação, Lei da recapitulação ontofilogenética, mais conhecida pela expressão “A Ontogenia recapitula a filogenia”. Quanto maior a semelhança nos estágios do desenvolvimento embrionário de espécies diferentes, maior o grau de parentesco entre elas.
 
Figura: Desenho esquemático comparativo do desenvolvimento embrionário de diferentes vertebrados. Fonte: http://probiokelinton.files.wordpress.com/2010/10/03_04a1.gif
  
Figura: Imagens das fases embrionárias de diferentes animais. Observem a semelhança morfológica entre eles ao longo do desenvolvimento do embrião.
Fonte:http://netnature.files.wordpress.com/2011/12/trabalho-de-haeckel-ao-estudar embric3b5es.jpg
C - Evidências celulares: todos os seres vivos apresentam características fundamentalmente iguais. No nível celular e molecular seres vivos são notavelmente similares uns aos outros e essas semelhanças fundamentais são melhor explicadas pela teoria da evolução, ou seja, as inúmeras formas de vida possuem um ancestral em comum.
Vamos a alguns exemplos?
Unidade da Vida – Há uma homogeneidade estrutural, bioquímica e fisiológica entre os organismos.
Então, pense bem e responda:
Por que é o ATP a principal molécula transmissora de energia em todos os seres vivos, se outros nucleotídeos, como o GTP, o CTP e o TTP têm propriedades que os tornam igualmente eficazes para esse processo? Por que a meiose de todos os animais é praticamente idêntica? Por que, dos mais de 200 aminoácidos conhecidos, apenas os mesmos 10% são usados para fazer as proteínas de todos os seres vivos? Por que, das centenas de alternativas termodinamicamente equivalentes para a degradação da glicose produzindo energia (a glicólise, como você já estudou em Bioquímica), apenas uma está presente em praticamente todos os seres vivos?
Isso só pode ocorrer porque todos os seres vivos são descendentes dos mesmos ancestrais.
 
Figura: Esquema básico da célula.
Fonte: http://terra-online.blogspot.com.br/2009/12/da-celula-procariotica-eucariotica.html
D - Estruturas Vestigiais: genes que deixam de ser selecionados e as mutações que surgem deixam de ser eliminadas permanecendo as formas determinadas por esses genes. Ou, órgãos atrofiados e sem função em determinados organismos, mas que correspondem a órgãos desenvolvidos e funcionais em outros organismos.

Figura: Membros posteriores de baleia, sem função na locomoção aquática, mas evidenciando estruturas típicas de movimentos terrestres, herdadas de seu ancestral que era mamífero terrestre. Fonte:https://encryptedtbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRzrzP5eR1jpdqCRdypfMeRRU4yo5UZcNOTA7DD1SX6ktylfjat
O apêndice vermiforme é mais um exemplo. Esta estrutura pequena e sem função específica para alguns organismos, parte do ceco (estrutura localizada no ponto onde o intestino delgado liga-se ao grosso). Nos mamíferos roedores, o ceco é uma estrutura bem desenvolvida, na qual o alimento parcialmente digerido á armazenado e a celulose, abundante nos vegetais ingeridos, é degradada pela ação de bactérias especializadas.


Figura - Fonte: http://sti.br.inter.net/rafaas/biologia-ar/images/490-2.jpg
Espero que tenham compreendido o valor das homologias e as respectivas filogenias baseadas nestas informações. Inúmeros são os exemplos, entretanto, os apresentados aqui informam adequadamente o valor destes estudos na evolução. Nas próximas postagens vamos trabalhar com outras evidências adquiridas a partir dos estudos biogeográficos. Bons estudos,

sábado, 12 de julho de 2014

Biogeografia

A Biogeografia é uma área das ciências biológicas que estuda a distribuição dos seres vivos no espaço e através do tempo. Assim, preocupa-se em conhecer a distribuição da vida com base em sua dinâmica na escala espacial e temporal no planeta Terra.
De acordo com Leon Croizat (1958), os organismos e o planeta Terra evoluem juntos. Sendo assim, um dos mecanismos de estudos interessantes para se compreender a história da vida terrestre é a biogeografia, comtemplando os pilares forma-espaço-tempo em uma visão multidisciplinar e complexa, aproximando-se da real história de nosso planeta.
Logo, podemos considerar que a distribuição biogeográfica atual dos organismos vivos, muitas vezes é reflexo das alterações biogeográficas que provocaram isolamento de populações ancestrais, levando, portanto, a processos de especiação.

  Figura: Populações de diferentes espécies de tartarugas, que apresentam algumas semelhanças entre si, evidenciando o processo de especiação de acordo com os diferentes ambientes de vida e os padrões de ancestralidade comum. Fonte: http://soraiabiogeo.blogs.sapo.pt/6463.html

Essas diferenciações biogeográficas podem ser evidenciadas através do que conhecemos também como irradiação adaptativa. Veja na figura abaixo:

 
Figura: Irradiação Adaptativa dos tentilhões/tordos de Darwin em Galápagos. Forte evidência acerca das transformações ocorrentes nas espécies a partir de um ancestral comum ao longo do tempo e de acordo com o ambiente de ocorrência. Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-N_YiS52bf7A/UBFA1vR
Figura: A presença de organismos fósseis em regiões hoje incomunicáveis também demonstra como a distribuição biogeográfica das espécies evidenciam a sua evolução. Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/22/Snider-Pellegrini_Wegener_fossil_map.gif

Quer saber um pouco mais sobre? Seguem em anexo alguns textos interessantes
Referências:
Croizat, L 1958 Panbiogeography. Publicado pelo autor, Caracas.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Herança comum do inútil

Na espécie humana, por exemplo, apenas 2% de todo nosso DNA serve para produzir proteínas, enquanto 45% do DNA total é composto de transposons que, quase sempre, não têm nenhuma função para o organismo.

No entanto, apesar de praticamente não terem função, a posição de vários transposons nos cromossomos humanos é praticamente idêntica àquela encontrada nos outros primatas.

O mesmo se observa nos íntrons que, em geral, não têm função específica e apresentam altas taxas de mutação.

A posição dos íntrons é bastante conservada evolutivamente, e quase todos os íntrons dos mamíferos encontram-se nas mesmas posições dos genes.

Ter coisas em comum com outros organismos, quando elas servem para algo, poderia ser visto como uma evidência não da evolução, mas do encontro de soluções comuns na criação desses organismos.

Assim, o fato de nós termos, em comum com os macacos, sangue quente e pelos, poderia ser visto não como evidência de que somos parentes, mas sim como evidência de que essas características são as melhores para o tipo de vida que nós e os macacos levamos.


No entanto, ter em comum coisas que não têm função, que sequer são expressadas durante nosso desenvolvimento, é uma evidência clara de nosso parentesco.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Seleção Artificial - O Homem imitando a natureza.

Prezados estudantes e professores,
Este poste foi idealizado para apresentar uma forte evidência do processo evolutivo: a seleção artificial.
Os processos de seleção artificial são conhecidos e utilizados a centenas de anos. Muito antes de Darwin e Wallace divulgarem suas ideias acerca da Teoria de Seleção Artificial.
Fazendeiros e agricultores já usavam as observações e técnicas de seleção para gerar mudanças nas características de plantas e animais ao longo de décadas. Eles guiavam e permitiam apenas, por exemplo, a reprodução apenas de plantas e animais com características desejáveis, causando a evolução das populações em fazendas. Esse processo é chamado de seleção artificial porque são as pessoas (ao invés da natureza) que selecionam quais organismos vão se reproduzir.
A Genética de Populações e a Genética Quantitativa permitiram compreender profundamente as leis que regem a descendência com modificações permitindo que o homem passasse a imitar a natureza realizando agora não mais um processo de seleção natural e sim de “seleção artificial” das espécies levando a um “melhoramento” das mesmas.
 
            Pela sua experiência pessoal, Darwin, criou e efetuou cruzamentos entre pombos, de forma a obter as características que pretendia, estava assim a efetuar seleção artificial e considerou que no habitat natural deveria existir semelhante mecanismo, ao qual chamou Seleção Natural.
Fonte: https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTaiDJLCgu7zBKFT4- e7WTkrqi2NUqBK8nJwBySJoAb73Y4K2B
            Encontramos um importante exemplo na seleção artificial em cães. Em 15 mil anos, 400 raças foram criadas. Imagine o que o processo evolutivo natural pode formar nos seus mais de 3 Bilhões de vida no planeta.
Esse processo provou que muitos dos cachorros conhecidos hoje são resultados de seleção artificial feita com raposas e lobos, baseada em características como a docilidade e a inteligência.
Vários outros animais surgiram com esse mesmo processo, e com objetivo de deixa-los mais dóceis para a domesticação.
Fonte:http://3.bp.blogspot.com/SCm6DPF4vls/UUT6vKJquNI/AAAAAAAAKFg/b0ozTbNRGOg/s1600/Sele%25C3%25A7%25C3%25A3o+artificial+dos+cachorros+-+Skylab.png
Outro interessante exemplo vem da agricultura, ou seja, a seleção artificial alimentar. Segundo as pesquisas, as milhares de espécies de maçãs (cerca de 4 mil) nativas da Europa, foram substituídas por 10 espécies desenvolvidas na América do Norte, das quais chegam ao consumidor final apenas 3 tipos. O melhoramento de plantas através da seleção artificial tenta explorar a variabilidade genética existente dentro de cada espécie.
Fonte:http://1.bp.blogspot.com/_IYPaOqfSn8Q/TQqlXKxDRjI/AAAAAAAAAIQ/ObKVyJLY3Y/s1600/variedade_de_ma%25C3%25A7as.jpg
         
               Espero que tenha ajudado. Até a próxima postagem. Atenciosamente,